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JAN
08
08 JAN 2015
NOTICIAS
Dói-me o coração quando tenho que enterrar um ente. Eu choro. Não é fácil ver o sofrimento de um pai, de uma mãe e a dor de toda família
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Coveiro, toda família um dia já precisou ou vai precisar deste profissional. Seu Jesuíno é o nosso homenageado […]
Coveiro, toda família um dia já precisou ou vai precisar deste profissional. Seu Jesuíno é o nosso homenageado de “Gente que Fez e Faz a nossa História.Nascido na região dos Confins – Barriguda II, aos 18 dias do mês de dezembro de 1940, Jesuíno Gonçalves Carneiro começou, desde pequeno, o labuto nas fazendas circunvizinhas. Mesmo debaixo de um escaldante sol ou dias chuvosos, nada o impedia de fazer o que mais gosta: trabalhar.Corria o ano de 1962, quando ele começou a trabalhar na Prefeitura como medidor de lote. Depois, foi colocado para trabalhar no cemitério por uma certa temporada, pois, não aceitava bem a ideia desse novo trabalho. Já no primeiro dia de serviço, ou seja, em 28/03/1973, teve que fazer o sepultamento do Sr. Dionísio Evangelista do Prado. O tempo vai, o tempo vem, e seu Jesuíno acostumou com a ideia e dedicou-se ao serviço público por quase 36 anos. “Não há um trabalho que não seja digno. O trabalho não desmerece ninguém”, ressalta sempre ele.Naquela época, dinheiro em conta corrente era coisa que ninguém ouvia falar. O pagamento da Prefeitura para seus funcionários, era trazido por um “leva e traz” de Unaí, a cavalo.Tristes dias também viveu seu Jesuíno. Perdeu 8 filhos, dos 12 filhos que teve com a sua esposa Rosalva da Silva Carneiro. Vitimados todos, praticamente, por disenteria, pneumonia, sarampo quando crianças. Mesmo sendo difícil a perda, ele teve coragem de fazer o sepultamento de seus filhos.Homem de pouca conversa e de muita fé, Jesuíno segue firme no propósito de servir a Deus como membro da Igreja Congregação Cristã do Brasil. Não frequentou escola, mas a necessidade de dias melhores obrigou-o a desenhar. Isso mesmo, ele não sabe escrever, mas desenha/copia as letras para fazer o “Epitáfio” (aquela inscrição na lápide do túmulo).Perguntado a ele sobre a profissão: -“Dói-me muito o coração quando tenho que enterrar um ente. Ver o sofrimento de um pai, de uma mãe e a dor de toda família, parte meu coração. Eu choro bem discretamente. Não quero que ninguém me veja chorando”, emocionou seu Jesuíno nessa hora.Perguntado também: -“já viu algo estranho ou escutou vozes no ambiente de trabalho? tem medo? -“Nunca vi nada de estranhos. Tenho medo sim, mas, das pessoas que ficam do lado de fora do cemitério. Por incrível que pareça, fui assaltado dentro do cemitério, faz uns dois meses. Rasgaram minha roupa, levaram meu dinheiro e meus documentos”, retrucou ele.Aposentado, 74 anos, Jesuíno Gonçalves Carneiro é Gente que Fez e Faz a nossa história. Uma pessoa especial que prestou relevantes serviços para nossa cidade e para nossa gente. Pessoa simples que sempre teve o orgulho e a honra de dizer em alto bom som: “eu amo Buritis”.
Autor: Assessoria de Comunicação