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26 FEV 2015
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De família simples, os pais eram agricultores. Casou-se com dona Aelda Vieira Lobo e do casamento 6 filhos […]
De família simples, os pais eram agricultores. Casou-se com dona Aelda Vieira Lobo e do casamento 6 filhos tiveram. Nascido em Joanópolis ou São João da Pinduca, quer dizer, Distrito de Serra Bonita, município de Buritis. José do Bom Jesus Lobo, nasceu aos 6 dias de agosto de 1933, popularmente conhecido por Juquinha é o nosso homenageado.Corria o ano de 1963, ano de emancipação de Buritis, quando Juquinha veio morar e trabalhar em Buritis na Prefeitura a pedido do então Prefeito Sr. João Honorato Primo (in memoriam). Dona Aelda, esposa do Juquinha, também deu sua parcela de contribuição para a nossa cidade, trabalhando no posto de saúde.Indagado sobre as dificuldades da época, seu Juquinha conta-nos como era Buritis, oportunidade que parafraseamos sua história ao Poema “Semeadores”, do escritor “Bruxo do Cosme Velho”, Machado De Assis, por retratar muito bem o período.“Vós os que hoje colheis, por esses campos largos,O doce fruto e a flor,Acaso esquecereis os ásperos e amargosTempos do semeador?Rude era o chão; agreste e longo aquele dia;Contudo, esses heróisSouberam resistir na afanosa porfiaAos temporais e aos sóis. […]”(Machado de Assis, in ‘Americanas’)“Eram poucas casas e a igrejinha. Sorveteria do Moacir Pintangui…. Aqui era puro mato. Tínhamos que fazer picadas. Picada é uma trilha feita no meio do mato. Não existia máquinas como hoje e a maioria das estradas eram feitas no braço, não tinha motosserra, nada. Era tudo no machado. Juntava muitos homens para fazer a tarefa. Uma parte ia roçando na frente e outra ia derrubando as árvores maiores. Depois chegou o trator de esteira e facilitou a nossa vida, principalmente pelo ótimo operador da máquina Senhor Zacarias. Desbravamos muitas estradas em nosso município, dentre elas a estrada para Serra Bonita, para Cabeceiras- GO, para a Divisa do Município de Arinos, Formoso e São Domingos. Luz elétrica não tinha, era tudo lampião e lamparina a querosene. Foi no ano de 1975 que chegou a energia. Foi a maior alegria do mundo. Mas ainda continuou água de poço. A televisão chegou logo, mas só algumas pessoas que tinham. A primeira geladeira a querosene foi eu quem busquei para o Delio Prado quando casou-se com dona Julieta. A primeira TV foi o seu Dedé que deixou na casa que eu havia vendido para ele. Outra coisa, para passar roupa tinha que fazer brasa pra colocar no ferro, puxar água do poço, um sacrifício. Pra tomar banho, tinha que acender o fogo à lenha para aquecer a serpentina…..”Seu Juquinha sempre se predispôs a trabalhar em favor do município, tendo também exercido 3 Legislaturas como Vereador, de 1967 a 1977. Trabalhou até 1974 como Chefe de obra e para o Gama – BSB se mudou para trabalhar no ramo da construção civil. Morando em BSB, mas sempre com o a mente e o coração em Serra Bonita.Em 1994, um acidente quase tirou a vida de Juquinha. Despencou-se de uma grande altura e caiu na tubulação utilizada para levantar as estruturas de concreto de um prédio, ocasionando severas sequelas em sua coluna vertebral que por conseguinte tornando-o inapto para caminhar. Homem de uma força de vontade invejável: quando quer algo consegue e a trabalhar continuou em Serra Bonita.Parece que a vida e o perigo testa a todo tempo a coragem e a disposição desse guerreiro homem. Anos antes do acidente que o deixou em uma cadeira de rodas, seu Juquinha foi eletrocutado quando executava uma obra de construção. “Foi um choque de alta voltagem. Não sei como o seu esposo está vivo. Quero comprar o coração dele”, disse o médico à dona Aelda. Outro acidente, sofre também seu Juquinha quando operava o trator que fora adaptado especialmente para ele. Deixou o trator funcionando enquanto colocava uma carreta no reboque. De repente, o trator engata e passa por cima dele, fraturando costelas e perfurando o pulmão. Passou também por 3 cirurgias de pontes de safena. “Eita homem de ferro disse dona Aelda.”Perguntado se sente falta daquela época? -“Sim, respondeu ele. Tenho muita saudade daquele tempo. Hoje, a vida é bem melhor por muitas coisas. A gente tem mais facilidades. Mas, antigamente, o povo era mais unido, não tinha tanta briga. A gente entrava no meio de uma comunidade, sem medo de nada, o povo não tinha maldade. Hoje, a gente tem medo de tudo. Estamos felizes. Conseguimos alguma coisa. Não ganhamos grande fortuna, mas vivemos no que é nosso”, finalizou seu Juquinha.Homem de muita disposição e alegria, aposentado e Juiz de Paz, seu José do Bom Jesus, 82 anos é Gente que Fez e Faz a Nossa História. Uma pessoa especial que prestou relevantes serviços para o nosso município e para nossa gente. Pessoa simples que sempre teve o orgulho e a honra de dizer em alto bom som: “eu amo o município de Buritis”.
Autor: Assessoria de Comunicação